Com base na leitura do capítulo XVII do
livro de Francisco de Oliveira, redija um texto paralelo destacando a situação
do Espírito Santo com respeito às questões de infraestrutura em relação à
saúde, transporte, organização urbana, comunicação, educação, política,
escravos e imigrantes, produção econômica, patriotismo.
Sabe-se
que a província do Espírito Santo passava por situações gravíssimas, os
políticos que nela governavam apenas procuravam satisfazer suas vontades de
obter cada vez mais poder, havia uma grande falta de iniciativa por parte
desses governantes em resolver os problemas que a província enfrentava e com
isso o povo passava por necessidades, como a falta de alimentos e
principalmente de atendimento médico.
Não
houve consideráveis empreendimentos na Capitania visto que o povo não
demostrava “aspiração de progresso”, eles não se preocupavam em sair da rotina
e continuaram levando uma vida monótona. O café de pouco a pouco ia
conquistando a liderança da economia capixaba, contudo, não pode ser comparado
com o sucesso que o Rio de Janeiro obteve através dele.
Na
saúde, como já havíamos comentado, praticamente não havia investimentos,
doenças como febre amarela, varíola, cólera e até mesmo a fome e a miséria
assolavam a população levando várias pessoas ao túmulo.
Consequentemente,
com as vítimas causadas pelas doenças entrou-se em fase final a luta contra o
tráfico marítimo negreiro, ou seja, a província começava a enfrentar a falta de
mão-de-obra que aumentou com a Lei Eusébio de Queirós. Com o fim do tráfico e
com a escassez de mão-de-obra o governo passou a procurar a mão trabalhadora de
outras formas, como por exemplo, investindo na imigração estrangeira, visto
que, buscavam melhores condições de vida, vindo trabalhar nas lavouras
cafeeiras.
Havia
muita carência na área da educação, afinal, poder estudar era considerado um
privilégio de poucos. A maioria dos alunos vivia no campo, longe das escolas e
não havia transportes para levá-los, com isso tornava-se mais complicado uma
criança de família carente ter o ensino básico. Deve-se levar em consideração
que as escolas estavam em péssimo estado de conservação, e os salários que
pagavam aos professores eram mínimos, o que ocasionava a falta desses
profissionais na Província do Espírito Santo. A população na maioria pobre
também não dava muita importância aos estudos considerando-o na maioria das
vezes “inútil”, os pais preferiam “distrair” seus filhos da escola levando-os
consigo para o trabalho nas lavouras.
Observa-se
que não tinham bibliotecas, a primeira biblioteca pública foi inaugurada em
dezesseis de julho de 1855, entretanto, teve curta duração devido à limitação
dos livros, sem contar que eram todos velhos e cheios de traças.
A
chegada dos fios telegráficos ao Espírito Santo teve um considerável atraso. No
ano de 1874 foi inaugurada a estação de Vitória, e ligada a Capital com
Itapemirim, Campos e Rio de Janeiro. Já em 1861 os correios possuíam dez
agências distribuídas em diferentes locais, existia um correio a cavalo, este
ficava responsável pelo transporte das correspondências entre a Capital e o Rio
Doce. Já os postais quem vinham ou eram destinados ao exterior eram conduzidas
em vapores.
Na
área da iluminação, desde os tempos da colônia era adotada nas ruas de vitória
a “iluminação óleo e peixe” que foi substituída em 1865 por lampiões e
querosene, um progresso para a Província foi à construção do Farol da Barra.
Cabe ressaltar que a maior dificuldade que a Província encontrava era a falta
de renda, mas nem por isso foi “bloqueada” seu meio de comunicação. Estradas
mesmo que desconfortáveis ligavam o Espírito Santo a Minas Gerais e permitiam o
transporte dos produtos das lavouras para os portos do litoral. As tentativas
de navegar pelo Rio Doce foram frustradas.
Concluindo,
percebe-se que a Província do Espírito Santo passou por várias dificuldades,
justamente pela falta de renda, e o povo que aqui habitava sofreu demasiadamente
com isso, a Província tinha matérias primas, porém, era grande a ineficiência
de seus governantes. O Espírito Santo tinha tudo para dar certo logo no início,
quando ainda era uma Capitania Hereditária, contudo, esse processo foi
atrasado, mas não deixou de se concretizar. Podemos analisar que nosso Estado
progrediu e muito em vista de alguns outros, o que faltava era uma
administração de qualidade voltada não só para enriquecimento da Província, mas
para a melhor qualidade de vida das pessoas que nela residiam.
Acredito que estudar a história do Espirito Santo é de extrema importância, afinal é neste estado que vivemos. Percebo que muitas vezes essa história local é esquecida e o foco se torna outros países. Estudar a história de nosso estado é estudar a nossa história e preservar nossa cultura e tradições, não podemos deixar de lado nossa história.
ResponderExcluirAna Paula Alves / Luciene Marim Staco/ Milena Jaske/ Raquel Moura/ Romildo Vieira.
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ExcluirÉ tão ruim ver nossos jovens sairem do ensino médio, se saber a história do nosso estado. Ao estudar a História do Brasil, o curriculum escolar do governo esquece da nossa história, mas acredito que mesmo sem ser obrigatório todo professor de História deveria planejar um aula sobre a história do nosso estado e a história de nossas cidades.
ResponderExcluirAcredito que antes de aprender a história dos outros, devemos conhecer a nossa história. (Comentado por Marcela Santos)
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